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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

MATA DAS ARAUCÁRIAS




Localização Geográfica

Localiza-se no sul do Brasil, estendendo-se pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Esse bioma foi intensamente devastado, de modo que, atualmente, a porcentagem de mata preservada não chega a 2% (Uzunian & Birner, 2001). Deste pouco que restou das matas de araucárias, apenas 40.774 hectares se encontram legalmente protegidos em 17 Unidades de Conservação, perfazendo um total de 0,22% da área original.

O Clima
O clima da região é temperado, as estações são bem delimitadas: verões razoavelmente quentes e invernos bastante frios, com geadas freqüentes. As precipitações atmosféricas são regulares e abundantes. As copas das árvores não formam uma camada contínua, como ocorre na floresta Amazônica e na mata Atlântica. E, por serem mais abertas, são menos úmidas dos que as florestas pluviais tropicais

Relevo
O relevo onde se localiza a Mata de Araucária é caracterizado por planaltos ondulados com terrenos sedimentares e basálticos, constituídos por médias altitudes (entre 800 e 1.300 metros). Os solos apresentam variação em sua composição, podendo ser pobres em minerais em algumas áreas, e outras (representadas pela maioria) possuem grande fertilidade natural. Os rios são perenes, ou seja, apresentam água durante o ano inteiro.

Flora
No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500 m, destaca-se a área de dispersão do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), que já ocupou cerca de 2,6% do território nacional. Nestas florestas, coexistem representantes da flora tropical e temperada do Brasil, sendo dominadas, no entanto, pelo pinheiro-do-paraná. As florestas variam em densidade arbórea e altura da vegetação e podem ser classificadas, de acordo com aspectos de solo, como aluviais, (ao longo dos rios), submontanas (que já inexistem) e montanas (que dominavam a paisagem).
A vegetação aberta dos campos gramíneo-lenhosos ocorre sobre solos rasos. Devido ao seu alto valor econômico, a Floresta com Araucária sofre, há bastante tempo, forte pressão de desmatamento. A Floresta com Araucária ou Floresta Ombrófila Mista apresenta em sua composição florística espécies de lauráceas como a imbuia (Ocotea porosa), o sassafrás (Ocotea odorifera), a canela-lageana (Ocotea pulchella), além de diversas espécies conhecidas por canelas. Merecem destaque também a erva-mate (Ilex paraguariensis) e a caúna (Ilex theezans), entre outras aqüifoliáceas. Diversas espécies de leguminosas (jacarandá, caviúna e monjoleiro) e mirtáceas (sete-capotes, guabiroba, pitanga) também são abundantes na floresta com araucária, associadas também à coníferas como o pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii). Encontram-se também freqüentemente rutáceas (pau-marfim – Balfourodendron riedelianum), euforbiáceas (tapexingüí – Croton sp.), solanáceas (fumo bravo – Solanum verbascifolium), urticáceas (Boehmeriasp. e Urera sp.), além de muitas outras espécies vegetais arbustos, lianas e ervas. Este bioma possui uma grande riqueza de epífitas vasculares, a saber, bromélias, orquídeas, cactáceas, pteridófitas, piperáceas e muitas outras espalhadas pela Serra do Mar, na região de mata pluvial-tropical e nos capões de campos dos planaltos do interior.

Fauna
É um dos ecossistemas mais ricos em relação à biodiversidade de espécies animais, contando com indivíduos endêmicos, raros, ameaçados de extinção, espécies migratórias, cinegéticas e de interesse econômico da Floresta Atlântica e Campos Sulinos.
Várias espécies estão ameaçadas de extinção: a onça-pintada, a jaguatirica, o mono-carvoeiro, o macaco-prego, o guariba, o mico-leão-dourado, vários sagüis, a preguiça-de-coleira, o caxinguelê, e o tamanduá.
Entre as aves destacam-se o jacu, o macuco, a jacutinga, o tiê-sangue, a araponga, o sanhaço, numerosos beija-flores, tucanos, saíras e gaturamos.
Entre os principais répteis desse ecossistema estão o teiú (um lagarto de mais de 1,5m de comprimento), jibóias, jararacas e corais verdadeiras. Numerosas espécies da flora e da fauna são únicas e características: a maioria das aves, répteis, anfíbios e borboletas são endêmicas, ou seja, são encontradas apenas nesse ecossistema. Nela sobrevivem mais de 20 espécies de primatas, a maior parte delas endêmicas.

NOMES: ANNIE SCHNEIDER, MORGANA FRITZEN e PRISCILA DA ROCHA

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